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Nuvens

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Nuvens ao por do Sol
Classificação das Nuvens

As nuvens resultam do processo de condensação do vapor d'água presente na atmosfera e estão em um contínuo movimento aparecendo nas masi variadas formas. Entretanto, é possível definir um número de características comuns observadas e, assim, agrupa-las e classifica-las. A Organização Mundial de Metereologia (WMO - Wolrd Metereological Organization) realizou uma classificação destas características de forma a capacitar um observador a relatar os tipos de nuvens presentes em seu local de observação.

Esta classificação é baseada em 10 grupos principais de nuvens. Estes, por sua vez, são divididos em três níveis - baixa (Low), média (Medium) e alta (High) - de acordo com a parte da atmosfera em que normalmente são encontradas. Uma codificação é utilizada para descrever cada nível de nuvem - CL. CM e CH - as divisões são mostradas abaixo (Tabela 1).



Tabela 1. Classificação das nuvens segundo a WMO.

Devido às baixas temperaturas e pequenas quantidades de vapor d’água em altas altitudes, todas as nuvens altas são finas e formadas de cristais de gelo. Como há mais vapor d’água disponível em altitudes mais baixas, as nuvens médias e baixas são mais densas.

        Nuvens em camadas em qualquer dessas altitudes geralmente indicam que o ar é estável. Não esperaríamos normalmente que nuvens crescessem ou persistissem no ar estável. Todavia, o desenvolvimento de nuvens desse tipo é comum quando o ar é forçado a subir, como ao longo de uma frente ou próximo ao centro de um ciclone, quando ventos convergentes provocam a subida do ar. Tal subida forçada de ar estável leva à formação de uma camada estratificada de nuvens que tem uma extensão horizontal grande comparada com sua profundidade.

        Nuvens com desenvolvimento vertical estão relacionadas com ar instável (Figura 1). Correntes convectivas associadas ao ar instável podem produzir nuvens cumulus, cumulus congestus e cumulonimbus. Como a convecção é controlada pelo aquecimento solar, o desenvolvimento de nuvens cumulus freqüentemente segue a variação diurna da insolação. Num dia de bom tempo as nuvens cumulus começam a formar-se do meio para o final da manhã, após o sol ter aquecido o solo. A cobertura de cumulus no céu é maior à tarde - usualmente o período mais quente do dia. Se as nuvens cumulus apresentam algum crescimento vertical, estas normalmente chamadas cumulus de "bom-tempo" podem produzir leve chuva. Ao aproximar-se o pôr-do-sol a convecção se enfraquece e as nuvens cumulus começam a dissipar-se (elas evaporam).


Figura 1. Classificação esquemática das nuvens. Crédito: Free Online Private Pilot Ground

Cirrus
Cirrus (Ci)

Nuvem de aparência fibrosa, formada por cristais de gelo, cuja forma se assemelha a cachos de cabelos. Aparece devido a turbuiência quando ocorre uma forte mudança da direçcão do vento no sentido vertical. Também pode se originar pela convecção das camadas instáveis da atmosfera superior ou pela explosão de cristais de gelo de um Cumulonimbus or outra núvem que tenha atingido uma elevada altitude se desfazendo (Cirrocumulus, Altocumulus). Essas nuvens indicam a aproximação de chuvas.
Cirrostratus
Cirrostratus (Cs)

Apresenta-se como um véu leitoso e translúcido, formada por cristais de gelo muito pequenos. Formada pela ascenção do ar mais quente sobre o ar mais frio na alta troposfera, abaixo das camadas mais estáveis. Provocam o efeito de "halo" em volta do Sol ou da Lua. Quanto mais próximo o halo estiver da Lua, por exemplo, significa que a chuva esta para ocorrer em breve. Indica queda da pressão atmosférica. Particularmente com Cirrostratus, a precipitação começa em 8 a 24 horas freqüentemente anunciada pela aparência do halo.
Cirruscumulus
Cirroscumulus (Cc)

Assim como os Cirrus, os Cirrocumulus também estão em uma faixa de altitude elevada, variam dos 6 mil aos 12 mil metros de altitude. A forma das nuvens Cirrucumulus lembraria um amontoado de pequenas nuvens. Formadas pela convecção dentro de finas camadas instáveisIndicam que pode acontecer chuva eventualmente, pequenos chuviscos em breve.
aLTOCUMULUS
Altocumulus (Ac)

Altocumulus lembram o amontoado de nuvens dos Cirrucumulus, porém elas estão em altitudes mais baixas e são mais encorpadas que os Cirrocumulus, ainda assim visualmente são bem parecidas e de aparência cinza. São formadas pela convencção ou turbulência dentro de uma camada instável no nível de altura das nuvens médias. Também podem se originar da trasnformação de Altostratus ou Nimbostratus Em algumas situações específicas os altocumulus são bem úteis – em manhãs quentes e úmidas do verão essas nuvens podem indicar que no final do dia teremos trovoadas e pancadas de chuva.
Altostratus
Altostratus (As)

Camada de nuvens densa e uniforme, de cor cinza, opaca, com o Sol tendo dificuldade em atrravessa-la. Formada pela ascenção e expansão das camadas de ar em grandes altitudades ou de outras nuvens: Cirrostratus, as quais a aumentam; Altocumulus com numerosos cristais de gelo, que lhe conferem sua aparência monótona e de Cumulonimbus por propagação das camadas congeladas médias e superiores desta nuvem em inversões. Podem originar chuvas leves de curta duração.
Stratuscumulus
Stratocumulus (Sc)

Apresentam-se como uma camada rolos ou blocos de nuvens de cor cinza escuro. Originada pela turbulência, convecção do ar em ccamadas instáveis, limitadas por uma forte inversão de cima para baixo e de outras nuvens (Nimbostratus, Cumulus, Stratus)
Stratus
Stratus (St)

Nuvem de baixa altitude, homogeneamente cinza, a qual pode cauxar "fog" ou fina preciptação. Originada pelo resfriamento das camadas mais baixas de ar, em especial pela inversão térmica na camada limite de nuvens baixas; por turbulência do ar na camada de ar próxima da superfície e de outras nuvens.
Cumulus
Cumulus (Cu)

O ar ascendente quente na forma de correntes, forma, ao resfriar, uma nuvem na forma de couve-flor oriunda da condensação do vapor d'água dentro da corrente de ar. Os cúmulos pequenos duram em média entre 15 e 20 minutos, dissipando à medida que se afastam da fonte de ar quente que alimenta a sua formação. Formam-se ao meio da manhã e alcançam o seu máximo de extensão ao meio da tarde. Os cúmulos estão separados uns dos outros pelas correntes de ar descendentes que compensam as correntes ascendentes e por isso, em geral, cobrem menos de metade do céu. Os cumulus sempre indicam uma instabilidade das camadas de ar com apropriada convecção e turbulência.
Cumulonimbus
Cumulonimbus (Cb)

Em condições atmosféricas extremamente instáveis formam-se enormes e densos cúmulos, brancos nos bordos mas muitos escuros na base e que se elevam como torres gigantescas até ao limite superior da troposfera. Crescem a partir de cúmulos grandes, têm a base entre os 500m e os 2Km e o topo situa-se entre os 3 e 6 Km. O ar no interior destas nuvens é mais quente do que o ar circundante e, assim, as nuvens continuam a crescer devido às fortes correntes ascendentes convectivas no seu interior. O calor resultante da condensação de enormes quantidades de vapor de água realimenta as correntes ascendentes de ar quente. O topo destas nuvens congela em cristais de gelo, que crescem constantemente à medida que as gotículas de água são arrastadas para cima. A cúpula torna-se achatada assim que congela e espraia-se frequentemente em forma de penacho (a "bigorna"), por ação dos ventos dominantes a grande altitude. Os cumulonimbus são nuvens que provocam chuva forte, granizo e/ou trovoadas.
Nimbostratus
Nimbostratus (Ns)

O nimbostratus é uma camada nebulosa espessa, cinzenta, de contornos indefinidos, sombria, com base entre os 900 metros e os 3 km. Dá lugar a chuva ou neve, de acordo com a temperatura do ar abaixo dela. Produz um céu pesado cinzento e úmido, frequentemente com chuva contínua e apresentando farrapos soltos de nuvens cinzentas que correm muito depressa abaixo da base da nuvem principal; ou então um céu quase negro que anuncia queda de chuva. Os nimbostratus formam-se quando uma camada de ar quente é forçada a elevar-se por cima do ar frio ou então a subir uma montanha, e quando a nuvem resultante tem a capacidade de se tornar suficientemente espessa para se formarem cristais de gelo nas camadas superiores da nuvem. Os nimbostratus acompanham tipicamente as frentes quentes, separando duas massas de ar úmido e resultam, neste caso, dos altostratos que engrossam e descem, no ar frio e úmido subjacente.
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