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Telescópios

Telescópios

Do grego tele (longe) e skopein (examinar, observar), a palavra “telescópio” significa “examinar” objetos que se encontram muito distantes. Hans Lippershey, fabricante de lentes, nascido em Wessel, Alemanha, é creditado como o primeiro a criar um telescópio com fins práticos. A fabricação de lentes para óculos surgiu no antigo continente (Europa) como uma necessidade por volta do século I d.C. , utilizando-se pedras semipreciosas. No ano de 1270, foram criados na Alemanha os primeiros óculos com aro de ferro. A Alemanha foi um dos países com mairo desenvolvimento em lentes da Europa.


Galileu
Apesar de ser atribuído a Hans Lippershey a criação do telescópio com fins práticos, seu uso era para aplicações bélicas e não astronômicas. Foi Galileu Galilei que, pela primeira vez, utilizou o telescópio na observação do céu, mas especificamente, na observação de Júpiter. 

O telescópio evoluiu, mercê do aperfeiçoamento da qualidade das lentes e, posteriormente, dos espelhos, bem como dos seus tamanhos sempre crescentes, para instrumentos altamente sofisticados, muitos dos quais são, atualmente, de dimensões colossais e, alguns deles, operados a grandes distâncias, incluindo no espaço exterior à Terra.

Em todos os casos, um telescópio possui uma lente ou um espelho que constituem o elemento que capta a luz emitida ou refletida pelo objeto que se pretende observar. No primeiro caso (idêntico ao que Galileu produziu), a lente provoca desvios (refração) na luz, razão por que tais telescópios são designados por “refratores” ou "dióptricos. Os telescópios refletores (desenvolvidos por Newton) têm como objetiva (o elemento que capta a luz) um espelho, inicialmente produzido em bronze polido, depois em vidro, sobre o qual uma camada micrométrica de um metal, em geral alumínio, é depositada por processo eletrostático em ambiente de alto vácuo e, posteriormente, recoberta com um revestimento protetor, constitui os telescópios refletores ou catóptricos, pois utilizam apenas espelhos e o fenômeno da reflexão.

A combinação de espelhos e lentes, reflexão e refração, deu origem aos telescópios catadióptricos. São telescópios com um grau de complexidade maior e, naturalmente, mais dispendiosos. Abaixo, pode se observar estes três modelos principais de telescópios mais utilizados por astronômos amadores:




Cada telescópio possui pontos favoráveis e desfavoráveis e nenhum deles é melhor que o outro uma vez que, dependendo da aplicação em que for utilizado, este pode ser mais adequado ou não e assim revelar um melhor desempenho.

Outro fator importante é a qualidade óptica dos seus componentes. Um telescópio é um instrumento de precisão científica e como tal, deve ter parâmetros de fabricação bem definidos e controlados para se obter um produto final conforme as especificações. A qualidade óptica é um dos fatores mais críticos na aquisição de um telescópio e nem sempre, mas muito frequentemente, o custo elevado e sua origem (industrial ou artesanal) revelam sua qualidade. Testes devem ser efetuados para avaliar sua qualidade assim como um bom histórico de sua origem e custo podem reduzir a probabilidade de se adquirir um aparelho com problemas ou desempenho aquem do desejado.

Muitos fabricantes de telescópios, em propagandas sobre seus produtos, utilizam-se de fotografias de planetas do sistema solar e de nebulosas e galáxias ou outros objetos de céu profundo, para ilustrar seus prospectos ou sites na internet ou mesmo suas caixas; além de prometerem aumentos na casa de 500 a 900 vezes, quando não mais, em seus instrumentos. Essas imagens induzem o comprador a pensar que irá observar estes objetos como aparecem na fotografia, o que é um grande engano. Ao observar o objeto, o comprador não verá daquela forma e pensa que seu telescópio esta com defeito ou está usando-o erradamente. A imagem abaixo ilustra bem esse processo. Foi obtida usando um Schmidt-Cassegrain de 254 mm de abertura F/10:

Imagem Bruta/Processada
O mesmo pode ocorrer com imagens de céu profundo, como observado na imagem a seguir, obtida com uma lente 75 mm, 26 imagens de 180 segundos cada em ISO 400 (apesar de não ser um telescópio, a mesma técnica pode ser aplicada a imagens obtidas com este instrumento):
Imagem Processada com IRIS
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